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Publicado: Renault Portugal

RENAULT COLORALE: O PRECURSOR DOS SUV

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Sabia que no começo da década de 50 a Renault já tinha em SUV? E que em 1952 lançou uma Pick-up baseada no mesmo conceito? Conheça o Colorale, um modelo muito à frente do seu tempo.

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Em 1950, a Renault lançou aquele que é, sem sombra de dúvida, o primeiro automóvel da história moderna a personificar o conceito de SUV. Batizado Colorale, este inovador modelo adquire a sua designação graças à contração das siglas COLOnial e ruRALE, em alusão às necessidades que os utilizadores das antigas colónias demonstravam (nomeadamente devido às condições difíceis de alguns trajetos). Assim, o Renault Colorale é um automóvel elevado, que não teme qualquer caminho e pode transportar (quase) tudo.

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Dependendo da versão, pode acomodar até 8 pessoas (carrinha) ou tirar partido de um generoso espaço de carga (pick-up). Além disso, em algumas versões, a Renault equipou-o com um mecanismo 4x4 simples e comprovado para que pudesse ser utilizado em todas as estradas e fora delas. Com estes conceitos de modularidade e versatilidade de utilização, o Renault Colorale Pick-up apontou o seu posicionamento estratégico aos mercados internacionais.

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Robustez e funcionalidade

Recentemente nacionalizada, e tirando partido do imenso sucesso comercial do Renault 4CV, no final da década de 1940 a marca procurou levar o seu negócio ainda mais longe (literalmente). A estratégia da empresa exigia um veículo robusto e funcional, tão à vontade nas cidades como no campo, e que visasse também os mercados estrangeiros das antigas colónias francesas. Com clientes coloniais e rurais na sua mira, o novo modelo ficou para a história como Renault Colorale.

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Os designers da Renault inspiraram-se nas conhecidas “stations wagons” americanas, sendo evidentes algumas semelhanças estéticas com várias propostas desse segmento tão apreciado nos E.U.A.

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Com um aspecto robusto e funcional, um habitáculo espaçoso e a opção de tração às quatro rodas, o Colorale representou, de certa forma, uma aposta ainda mais radical do que os inovadores e comercialmente bem-sucedidos modelos da Renault que surgiriam nos anos 60. Aliás, não será descabido afirmar que Colorale recorda, em vários aspetos importantes, os SUV que proliferariam no início do século XXI e que hoje dominam os diferentes mercados europeus. Na década de 1950, contudo, o mercado francês mostrou-se menos recetivo ao Colorale, considerado na época mais lento e menos elegante do que outros automóveis da mesma categoria de preços.

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Já nos territórios ultramarinos franceses os clientes parecem ter sido menos resistentes ao novo e arrojado Renault. Cerca de 43.000 Colorales foram fabricados até 1957, data que determinou o fim da sua produção.

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Motores fiáveis, mas pouco potentes

No começo da sua carreira comercial, o Colorale apresentava o motor de quatro cilindros da “série 85” ainda com válvulas laterais, visto pela primeira vez em 1936 no Renault Primaquatre. O motor era robusto, mas com as taxas de compressão alcançáveis na altura utilizando os combustíveis de baixa octanagem disponíveis na Europa, o motor de 2.383 cc apenas conseguia atingir os 48 cv (36 kW) de potência. Com um peso de 1,640 kg, não era assim que de estranhar que o Colorale tivesse alguma dificuldade em atingir os 100 km/h de velocidade máxima que a Renault reivindicava.

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No Salão Automóvel de Paris de 1953, a Renault apresentou o Colorale com o motor de quatro cilindros recentemente desenvolvido para o Frégate. Esta unidade de 1,996 cc oferecia 58 cv (43 kW) de potência, o que permitia uma velocidade máxima superior a 105 km/h. O novo motor também conferia vantagens fiscais resultantes da sua menor cilindrada, o que colocava na faixa fiscal dos 11CV (16CV com o anterior motor). No entanto, a melhoria da potência veio com um binário mais reduzido, e o desempenho geral “em estrada” continuou a ser visto como sendo relativamente lento.

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Além da já referida versão de passageiros, com um formato que apelidaríamos de SUV, o Renault Colorale também teve uma inovadora versão Pick-up.

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Esta chegou a estar disponível em diferentes versões, algumas delas com nomes que evocavam o espírito de aventura, como a variante de 2 lugares chamada Savane e outra de 4 lugares chamada Prairie, por exemplo.

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Como referimos, a partir de 1952 o Colorale passou a ser equipado com o motor do Frégate e, além disso, a Renault disponibilizou uma nova versão com sistema de tração às quatro rodas que deu ao Colorale Pick-up acrescidas capacidades fora de estrada.

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Não será assim de estranhar que tantos aventureiros tenham escolhido o Renault Colorale Pick-up para as suas expedições em África ou no continente americano. Estes feitos foram vistos como uma bênção para a Renault, que aproveitou para promover os seus modelos. Um golpe publicitário ímpar foi quando, em 1951, a equipa Marquette, composta pelo escritor Jean Raspail e 5 batedores, partiu da Terra do Fogo e foi até ao Alasca a bordo de dois Renault Colorale. Ao chegarem à cidade de Fairbanks (EUA), a 8 de maio de 1952, e depois de terem percorrido 42.000 km através de 17 países, conseguiram cumprir a primeira ligação trans americana em automóvel!

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Dados técnicos:

Motor – Dianteiro de 4 cilindros, 2383cc com 48 cv e 1996cc com 58 cv (dependendo do ano de produção).
Velocidade máxima – 100 km/h (48 cv) e 110 km/h (58 cv)
Comprimento – 4,38 metros
Largura – 1,82 metros
Altura – 2,2 metros
Tração – Traseira ou integral
Carroçaria – 2 volumes ou Pick-up

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